Songe

vinte e duas fotografias,
cores e preto e branco,
diversos formatos

Residência artística realizada na primavera de 2020 no âmbito do Festival BZH PHOTO na Bretanha






Impossível ficar indiferente às marés. A água que chega, instalando-se progressivamente. Apaga os traços e se apresenta em superfície luminosa. Quando ela parte, a cada ciclo, um novo cenário emerge. A zona entre marés quase me devorou, mas ela também me ofereceu suas pepitas. No mar, como na terra, os corpos trabalhavam. Para plantar, para cultivar, para salvar, mas também para se divertir. A espessura da história estava impregnada nos poros. Tentei respirar os aromas, e soprar os efeitos sentidos. Songe é uma espécie de conjugação, entre a consistência do real, e o que aparece diante dos nossos olhos quando eles estão fechados, sem que estejamos adormecidos.


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